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domingo, 19 de junho de 2011

A baixa estima, alimento do poder...

Vivemos tão obsecados com nossa VISÃO EMPOBRECIDA SOBRE NÓS MESMOS, que não paramos para observar e constatar que o outro seguramente vive o mesmo que nós.
...Descobri, através do tempo, que a baixa estima ou a auto-invalidação é um sentimento comum a todos nós.
As máscaras de proteção que usamos variam em suas côres: a segurança, o esnobismo, o orgulho, a timidez, a cara fechada e a antipatia nada mais são que nuances nos disfarces do sentimento de inferioridade que nos atinge a todos. E por que isso? Uma doença generalizada que machuca o coração, a alma, o corpo, causando infelicidade e destruição, contaminando a todos, independente da criação familiar, religiosa, cultural ou do meio social a que pertençemos?
Tenho diagnosticado essa doença, em todos os meus alunos, não apenas aqui do Brasil, o que poderia ser considerada a síndrome do terceiro mundo, mas também em americanos e europeus.
Recebemos maciçamente, desde que nascemos, informações diretas ou indiretas de que somos pequenos, menores, imperfeitos, pecadores!
Permanentemente manipulados pelo PODER, para que ele possa subsistir, através da CULPA de não correspondermos ao que seria esperado de nós.
Em casa a mensagem é:
- Por que você não é igual à mim ( ao seu irmão, ao filho da vizinha, ao fulano)?
- Você é frágil, precisa de mim para te proteger.
- Contente-se com o que tem; já é mais do que merece.
- Me sacrifiquei a vida inteira por você...
Na religião:
- Você pecou!
- Você tem que ser melhor do que é.
- Cristo morreu na cruz para te salvar. Arrependa-se dos seus desejos!
Do estado:
- Você não pagou os impostos como devia.
- Aí estão os pobres passando fome.
- Rico é ladrão; empresário é explorador.
- Divida o que ganhou, com os outros.
- Cuidado com a fiscalização.
Social/Cultural:
- Somos sub-desenvolvidos.
- Pertencemos ao terceiro mundo.
- Tudo que é estrangeiro é melhor.
- Lá sim, eles sabem o que fazem!
- Produto nacional é uma procaria!
Somos permanentemente bombardeados com milhares de informações que querem nos dizer a mesma coisa: - VOCÊ É MENOS!
Dessa forma passamos a vida inteira nos escondendo com medo de que descubram que não somos o que pensam que somos: muito inferiores ao "outro"!
O que não imaginamos é que o "outro" está sentindo e fazendo a mesma coisa, ou seja, tentando manter-nos "embaixo" para que possam sentir-se "em cima".
Vítimas do "sistema", nos relacionamos através das máscaras, sempre representando para o "outro", tentando convencê-lo que "também somos"; fossilizados em nossa inferioridade.
Culpa!
De sermos o que somos...
E incrívelmente iguais!

Do livro: RESGATE DE UM CASAMENTO - Edit. Rocco.
Capítulo 27


2 comentários :

  1. Oi Sheila

    Passando para uma visita...o texto é um convite à reflexão, porquanto todos nós parece que fazemos parte de um "jogo de cena", um eterno ir e vir de vaidades e cobranças né ?

    Que coisa...

    Um beijo carinhoso e Deus te abençoe...magnífica semana para ti

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  2. obrigado por publicar este texto. Só tenho a dizer essas palavras de todo o meu coração.

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