Fala-se muito em Jejum intermitente para emagrecer...mas não se fala de um tipo de jejum que traz os melhores benefícios...
É o jejum existencial.
Não para ficar magro, e sim para ficar leve.
As pessoas se empanturram de encrencas, sem levar em conta a inteligência emocional. Já ouviram falar vagamente a respeito, acham que todo mundo é beneficiado por ela, mas, na prática, continuam investindo no autoboicote, e dá-lhe vida pesada.
Jejum é a solução. Jejum salva.
Passe 12, 14, 16 horas sem pensar que estão te perseguindo, sem fazer fofoca dos outros, sem criar confusão, sem levantar a voz, sem acreditar que é mais sabido que os demais, sem achar que o mundo lhe deve favores e reverências, sem chatear a humanidade. O que é um chato? Cada um tem uma definição. A minha: é aquele que acha que todos estão interessados no que, na verdade, só a ele interessa. Então, corte as minúcias, corte o egocentrismo, corte a soberba, corte a desconfiança, corte a brutalidade, corte a deselegância, corte a impaciência, corte a arrogância. O que sobra? Um cara querido, uma garota fácil de lidar, gente bem-humorada sem nariz empinado. O que sustenta essa gente? A autoestima. Ninguém precisa ser grosso para ser visto. Ninguém precisa ser exibido para ser amado.
Corte queixas, implicâncias e a tendência a rugir por besteiras. Não seja o terror das reuniões, o namorado estressado das festas, a sobrinha que faz longos discursos durante o churrasco, a vítima de sempre no grupo de WhatsApp, o magoado eterno.
Evite colocações inoportunas e não procure cabelo em ovo. Que ovo? Jejum! Por 12, 14, 16 horas seguidas, não crie caso. Duas vezes por semana, procure não ser tão pessimista, alarmista, ranzinza. Deixe o celular carregando em casa e vá dar uma volta a pé no quarteirão para descarregar-se. Emagrecer é difícil, perder peso não é.
Trecho do texto de
Martha Medeiros