Muito frequentemente o homem olha para a família da mulher e diz: "Minha família é melhor que a sua" e a mulher diz: "Minha família é melhor que a sua".
Ambos dizem isso com a consciência tranquila, pois estão unidos às respectivas famílias através da consciência.
O que acontece quando ambos dizem isso? O amor padece.
Mais tarde, eles têm filhos.
Trata-se então como os filhos serão educados.
Talvez então o homem diga: "Os filhos têm que ser educados de acordo com os costumes da minha família."
E a mulher diz: "Eles devem ser educados como na minha."
Como ficam os filhos? Ficam mal.
O que deveria acontecer aqui?
O homem deve reconhecer que a família da mulher, apesar de diferente, tem o mesmo valor da sua.
E a mulher tem que reconhecer que a família do marido, embora seja diferente da sua, também te o mesmo valor.
Se ambos procedem de culturas ou de religiões diferentes, devem reconhecer que a cultura ou a religião do outro, embora diversa, tem o mesmo valor da sua.
Mas eles não conseguem isso sem ficarem com a consciência pesada.
Se forem ouvir a voz da sua consciência então têm medo: se reconhecerem isso, perdem a pertinência da família.
O progresso e a paz na família só acontecerão se ambos deixarem sua boa consciência para trás, se ambos estiverem prontos a se sentirem culpados.
Quem não conseguir se sentir culpado, nesse sentido, permanecerá para sempre uma criança.
Bert Hellinger
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