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sábado, 18 de agosto de 2012

Do casulo às asas...



Quando nos dedicamos, com o coração, à busca do autoconhecimento, é inevitável que chegue um instante em que algumas mentiras que contávamos para nós mesmos passem a não funcionar mais. Os disfarces até então utilizados para fortalecer o nosso autoengano já não nos servem.
Inábeis com a paisagem aos poucos revelada,às vezes ainda tentamos nos apegar a alguma coisa que possa encobrir a nossa lucidez, embaraçados que costumamos ser com as novidades, por mais libertadoras que sejam.
É em vão.
Impossível devolver a linha ao novelo depois que a consciência já teceu novos caminhos.
Existem portas que se desmancham após serem atravessadas,como sonhos que se dissolvem ao acordarmos.
Não há como retornar ao lugar onde a nossa vida dormia antes de cruzá-las.
Da estreiteza à expansão.
Da semente à flor.
Do casulo às asas, ensinam as borboletas.

Ana Jácomo


5 comentários :

  1. boa tarde colega ,
    sempre nos impulsionando para reflexões profundas em nossas vidas,
    obrigada sempre por suas postagem
    forte abraço
    elisa

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  2. "No mistério do sem-fim
    equilibra-se um planeta
    e, no planeta, um jardim,
    e, no jardim, um canteiro,
    no canteiro, uma violeta,
    e, sobre ela, o dia inteiro,
    entre o planeta e o sem-fim,
    a asa de uma borboleta."

    Canção mínima
    Cecília Meireles

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  3. A cho lindo o processo que a borboleta enfrenta para ficar bela e colorida.
    Tenha um abençoado fim de semana.Bjs

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  4. Que lindo este texto Sheila...transformação, mutação, vida em movimento!
    Bjs e te desejo um ótimo domingo e uma semana de paz e harmonia!
    CamomilaRosa

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  5. E eu lembrei-me ainda de Rubem Alves falando sobre as borboletas em seu livro A MAGIA DOS GESTOS POÉTICOS...
    Borboletas sempre nos encantam, desde o casulo até o bater das asas...
    Abraços

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