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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O valor de um like


Nossa sociedade se modernizou e com ela, a nossa comunicação. O impacto da era virtual nas nossas relações é, de fato, assunto que ainda precisa ser muito analisado. Só que as coisas acontecem muito rápido e precisamos aprendê-las por conta própria. Não há quem nos ensine como se relacionar virtualmente, pois a cada dia há mais uma novidade.

A verdade é que nossos relacionamentos se tornaram extremamente online. Existe uma nova linguagem e formas de interagir e, se não me engano, estamos todos muito confusos. A comunicação textual abre precedentes para diversas interpretações, as mensagens visualizadas e sem resposta são a nova forma de rejeição e o verbo "curtir" ganhou conotação bem diferente de sua raíz etimológica.
Em tempos de "likes" e "views", as pessoas passaram a interagir por botões, por um simples "touch" na tela. Ninguém mais troca telefone, trocam-se redes sociais. Precisamos ver a forma que o outro se apresenta e todo seu investimento em marketing pessoal, para de fato, curti-lo. Quem aqui nunca ficou feliz com a curtida de alguém, que se manifeste. Quem não interpretou as constantes visualizações como um interesse do outro? Só que alguém já parou para se perguntar qual é o valor do like na sua foto? Por que interpretamos essa interação como uma forma de atenção? Como uma forma de presença, só que uma presença tão ausente, que em nada nos nutre.

Acho muito importante olharmos para isso. Essa necessidade da validação do outro em relação a nós, essa popularidade virtual de gente que nem se conhece (as trocas de likes ainda me perturbam) e principalmente, achar que as curtidas de quem gostamos são o suficiente para nos fazer feliz. Desde quando passamos a nos contentar com tão pouco?

O nosso valor, aquilo que pensamos de nós, não pode ser pautado por uma ferramenta virtual. A interação com os outros precisa ser muito mais próxima do que temos feito. De nada adianta aparecer uma curtida em em cada uma das suas fotos e a pessoa não aparecer na sua vida. É básico, simples assim. Adaptando então o ditado: em terra de likes, quem vê o outro, é rei.

Texto: Stéphanie Waknin
imagemdaqui

Achei bem interessante este texto, e faz a gente refletir um pouco sobre o nosso comportamento nas redes sociais..
Estarmos conectados, trouxe muita coisa positiva. 
Mas naturalmente, trouxe um bocado de coisas negativas também.
Acredito que não podemos perder o bom senso e nos questionarmos se não estamos exagerando...
Acho preocupante quando um pai deixa de brincar com o filho para ficar olhando o celular.
Acho preocupante quando eu sou "movido" a fazer as coisas com o objetivo de postar e ganhar likes.
Acho preocupante quando uma pessoa está em uma viagem e ao invés de curtir o momento, está mais preocupada em atualizar o facebook e o Instagram. 
Acho preocupante estar mais preocupado em "parecer", do que realmente ser.
Acho preocupante estar em um restaurante e não conversar com a pessoa que está sentada na nossa frente.
Se pararmos pra pensar...tudo isso é muito doido e muito novo! 
Como seremos daqui a alguns anos hem?
Então amigos...bom sendo e moderação para o uso de tudo nessa vida! 
Inclusive do celular.

Beijos reflexivos...

3 comentários :

  1. Muito bom, mesmo! Obrigada pela partilha.
    Beijinho

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  2. Perfeito! Ótima reflexão..hiper atual... bjs

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  3. As pessoas estão desenvolvendo uma fobia terrível de ser tornarem esquecidas ou obsoletas. Por causa disso vemos pessoas "vendendo seu peixe" desde uma boa ação até fotos de hospital antes de alguém se operar. Não há mais nada a ser descoberto. Não há mais o prazer de conhecer e nem o compromisso, pois tudo jaz ali, às abertas, para quem quiser ver.
    Beijos!
    www.vivendolaforanoseua.blogspot.com

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